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Serra,30/04/2025

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Jota Silva

Cinzas de R$ 50 milhões: O escândalo que ninguém quer investigar

Incêndio destrói investimento público, e Câmara se cala – cúmplice ou omissa?

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Cinzas de R$ 50 milhões: O escândalo que ninguém quer investigar O escândalo das placas solares carbonizadas

Trinta dias. Um mês inteiro desde que um incêndio devastou um investimento milionário em São Diogo, na Serra. Um patrimônio público virou cinzas, e o que fez a Câmara de Vereadores nesse tempo? Absolutamente nada. Nenhuma CPI, nenhuma exigência de esclarecimento, nenhuma pressão real sobre os responsáveis. O silêncio dos parlamentares não é apenas uma vergonha – é cumplicidade.

O escândalo das placas solares carbonizadas

No dia 15 de fevereiro de 2023, a Câmara autorizou um empréstimo de R$ 50 milhões para a instalação de energia fotovoltaica nas unidades de saúde do município. O prefeito Sérgio Vidigal (PDT) sancionou o projeto com promessas de modernização e economia para a cidade. Agora, tudo pode ter se perdido no incêndio no pátio da Unidade Regional de Saúde (URS) de São Diogo.

Mas ninguém se mexe. Nenhuma resposta oficial, nenhuma apuração séria, nenhum esforço real para descobrir o que aconteceu. Foi um acidente? Um ato criminoso? Falha de segurança? Omissão? Tudo indica que jamais saberemos. Afinal, quando se trata de dinheiro público, o esquecimento sempre parece ser a melhor estratégia.


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A impunidade alimentada pelo silêncio

Enquanto as cinzas ainda esfriavam, os políticos continuavam com seus discursos reciclados, fingindo que nada aconteceu. E a população? Revolta passageira nas redes sociais, comentários indignados em grupos de WhatsApp, mas nada além disso.

A verdade é cruel: o maior combustível da corrupção não é apenas a desonestidade dos políticos, mas a passividade do eleitor. A indignação virtual não se transforma em pressão real. Sem manifestações, sem cobrança constante, sem fiscalização popular, o escândalo cai no esquecimento.

E é esse silêncio que fortalece a impunidade. Se ninguém exige transparência, se ninguém exige respostas, os culpados simplesmente desaparecem na névoa da burocracia e do desinteresse coletivo.

Até quando seremos espectadores da nossa própria decadência?

A política brasileira sobrevive da nossa memória curta. Do nosso conformismo. E da nossa falta de ação. Enquanto aceitarmos tragédias como essa sem reação, sem exigência de justiça, sem fiscalização verdadeira, continuaremos assistindo a promessas vazias e escândalos sem solução.

A pergunta que resta é: até quando vamos permitir que nosso dinheiro vire cinzas – e junto com ele, a nossa dignidade como cidadãos?



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