Dário Lux
"Sexo, Simplificado: Você Não Precisa de Um Espetáculo na Cama"
Entre mitos de performatividade e fetiches cinematográficos, é hora de ressignificar o prazer com autenticidade e conexão.

"A primeira vez que meu parceiro sugeriu usar um sex toy, me senti pressionada a aceitar", conta Paula*, 29 anos, que sempre foi aberta a experimentar coisas novas, mas sentia que algo não estava certo. “A gente estava se preocupando mais em seguir uma ‘tendência’ do que em se conectar.” Esse tipo de experiência reflete uma pressão cultural que transforma o ato sexual em um espetáculo, em vez de algo genuíno.
"É um ciclo", explica a terapeuta sexual Carolina Vasconcelos. "As pessoas consomem esses conteúdos e acham que precisam se moldar a eles para se sentirem adequadas. Isso cria um vazio porque o sexo se torna sobre atender a expectativas externas, e não sobre o que realmente dá prazer."
Foi o que Rafael*, 35 anos, descobriu após anos tentando replicar cenas de filmes pornográficos. "Eu achava que precisava impressionar. Era como se cada noite fosse um teste. Mas quando comecei a focar no que a gente realmente gostava, sem pressão, foi libertador."
No fim, o que importa é o consentimento mútuo e o prazer compartilhado, sem o peso de convenções sociais ou culturais. Afinal, o sexo não precisa de um script para ser extraordinário.
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