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Serra,30/04/2025

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Dário Lux

"Sexo, Simplificado: Você Não Precisa de Um Espetáculo na Cama"

Entre mitos de performatividade e fetiches cinematográficos, é hora de ressignificar o prazer com autenticidade e conexão.


Por que estamos tão obcecados com a ideia de 'sexo perfeito'?
Vivemos em uma era em que o sexo parece ter se tornado uma performance. Filmes, vídeos pornôs e até mesmo influencers promovem um ideal de intimidade que exige vigor, acessórios e, muitas vezes, um roteiro digno de cinema. Parece que a regra é: quanto mais selvagem, melhor. Mas será que é mesmo?

"A primeira vez que meu parceiro sugeriu usar um sex toy, me senti pressionada a aceitar", conta Paula*, 29 anos, que sempre foi aberta a experimentar coisas novas, mas sentia que algo não estava certo. “A gente estava se preocupando mais em seguir uma ‘tendência’ do que em se conectar.” Esse tipo de experiência reflete uma pressão cultural que transforma o ato sexual em um espetáculo, em vez de algo genuíno.

O mito da intensidade constante
Há uma ideia equivocada de que um sexo de qualidade precisa ser sempre carregado de energia e inovação, como se a rotina fosse sinônimo de fracasso na cama. Esse mito é alimentado pela indústria do entretenimento adulto, que exibe corpos irreais em performances calculadas, e pela avalanche de tutoriais nas redes sociais que prometem "melhorar sua vida sexual" com dicas cada vez mais extravagantes.

"É um ciclo", explica a terapeuta sexual Carolina Vasconcelos. "As pessoas consomem esses conteúdos e acham que precisam se moldar a eles para se sentirem adequadas. Isso cria um vazio porque o sexo se torna sobre atender a expectativas externas, e não sobre o que realmente dá prazer."

Reconectando-se ao essencial
Sexo não precisa ser performativo para ser bom. Aliás, algumas das experiências mais prazerosas são simples, sem pressa e baseadas na intimidade e confiança. "O que muitas pessoas buscam no sexo não é só novidade, mas conexão", afirma Carolina. "E isso não está em posições mirabolantes, mas em momentos autênticos, como uma troca de olhares ou um toque sincero."

Foi o que Rafael*, 35 anos, descobriu após anos tentando replicar cenas de filmes pornográficos. "Eu achava que precisava impressionar. Era como se cada noite fosse um teste. Mas quando comecei a focar no que a gente realmente gostava, sem pressão, foi libertador."

Sexo livre de regras
A libertação sexual vai além de experimentar novidades. Trata-se de abandonar padrões e expectativas que não condizem com as suas vontades e a do seu parceiro ou parceira. Se a ideia de um jantar caseiro seguido de um momento íntimo no sofá soa mais atraente do que uma noite com acessórios e acrobacias, está tudo bem.

No fim, o que importa é o consentimento mútuo e o prazer compartilhado, sem o peso de convenções sociais ou culturais. Afinal, o sexo não precisa de um script para ser extraordinário.



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